Naquele início de década, não havia muitas perspectivas quanto ao destino do chamado Rock Progressivo dos anos 70. Lembro-me de matéria na revista "Som Três" que relacionava como bandas que ainda brilhariam na década inaugural "Dire Streets" e "Yes"; quanto ao primeiro, tudo bem, já estava no rádio há algum tempo e talvez isso desse algum fôlego; sobre o Yes não acreditava, e ouvindo Drama acabei tendo a certeza do meu palpite (mas os caras sempre surpreedem, estão aí até hoje, felizes e melhores!); o King Crimsom para mim estava enterrado desde 1975. De repente vejo na loja este intrigante "discipline" e ouvi na rádio fluminense a fenomenal "Frame by Frame"; loucura, atualíssima, o King Crimsom se apresentava na vanguarda do Rock, com uma linguagem, que em muito superava qualquer outra banda em genialidade; sempre original, não tinha muito a ver com os trabalhos anteriores, isso aparentemente, pois na verdade muitas linhas rítmicas estavam desenvolvidas antes, mas agora ganhavam novos contornos. Adriam Belew trouxe um novo toque, que acrescentou novos coloridos aos arpejos e às escalas de Fripp, formando os dois uma unidade de tons indescritível. E o King Crimsom assim marcava seu retorno, mais poderoso que antes, mais ousado e mais maduro.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
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