Falávamos de anos 80 e aqui precisamos abrir um parêntes (enorme, por sinal) para citar Zappa, invencível guerreiro e gênio que atravessou os anos sempre à frente.
Música sem igual, criou uma grande paródia do mundo pop, e dialogou constantemente com todos os gêneros, modas... próximo da música erudita de vanguarda, trouxe dessa elementos os quais, incorporados aos produtos massificados do rock, produziam, no que diz respeito à música, uma experiência de choque, um estranhamento, ao passo que as letras, sempre críticas, traduziam as contradições internas da cultura norte-americana, de cuja estrutura Zappa sempre fopi crítico severo.
"Ship Arriving...", conforme chamávamos, chegou ás prateleiras também de forma estranha, pois há muito não se falava em Frank Zappa; chegou de forma discreta (e os posteriores foram aos poucos sendo lançados, "Them or Us", "Mets Mothers of Prevation", etc) sempre em tiragens muito reduzidas.
Este é um disco fantástico, com os "sucessos" "Ten Age Prostitute", "Valey Girl" e a grande peça "Ship Arriving too late to save a drowning witch"; nas guitarras estão Zappa e Steve Vai ("Envelopes") e sempre os músicos incríveis: Arthur Barrow, Patrick Ohearn, Tommy Mars, Tommy Martin, Chad Wackeman, Ed Man, enfim, a nata zappeana.
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