domingo, 15 de junho de 2008

A Cor do Som ao vivo em Montreux

A Cor do Som ... pioneiros a popularizar a boa música instrumental entre os garotos... lembro que a moçada gostava bastante, eu ouvia na Rádio Cidade "Arpoador" (vejam só, um instrumental sem concessões abrindo uma brecha na rádio FM, naquele final de setenta). Eram outros tempos, de fato.
Depois começaram a cantar, não sei se por imposição da gravadora ou se fazia parte do projeto dessa banda cuja origem está nos NOvos Baianos (era uma espécie de banda de apoio, liderada pelo grande Pepeu Gomes); o Dadi, baixista, esteve por lá no meio de Pepeu, Paulinho Boca, Moraes Moreira, Baby e acabou carregando o nome com ele; o irmão Mu é dos nossos grandes tecladistas; Armandinho despontava como um guitarrista que adequava bem a tradição da música carnavalesca (não era esse Axé) com o Rock; Gustavo era um experiente baterista carioca. A banda lançou este ao vivo em Montreux e, louvado pela crítica, consagrou-se como um dos grandes trabalhos do instrumental brasileiro. Destaco "Dança Saci" pelo tema e pelas guitarras. Ouçam esse trabalho, que é uma raridade.
1 Dança Saci (Mu)
2 Chegando da terra (Armandinho)
3 Arpoador (Mu - Dadi - Gustavo - Armandinho)
4 Cochabamba (Aroldo - Moraes Moreira)
5 Brejeiro (Ernesto Nazareth)
6 Espírito infantil (Mu)
7 Festa na rua (Mu - Aroldo - Dadi - Armandinho)
8 Eleanor Rigby (McCartney - Lennon)
Mu- keyboards
Dadi - bass
Armandinho - guitar
Aroldo - guitar
Gustavo - drums
Ari -percussion

Pau Brasil "Cenas Brasileiras"



Era um tempo bom demais: de uma lado estava o rock brasileiro em sua versão mais pop, mas nem por isso sem qualidade; e havia todo um espaço na mídia para o jazz, a música instrumental, e aquelas tardes de domingo no Parque da Catacumba, na Lagoa.
Ouvia o Pau Brasil e me admirava com as harmonias do Nelson Ayres, o baixo melódico e especial de Rodolfo Stroeter, Roberto Sion e Azael Rodrigues, no primeiro disco lançado independente. Esse Cenas Brasileiras traz o grande Nenê, músico de larga experiência, que já havia tocado com Elis (Falso Brilhante), Hermeto (seu amigo) e Egberto, na melhor versão do Academia de Danças. Bom é ouvir esse grande guitarrista que é o Paulo Bellinati, aqui em grandes performances, acordes limpos e improvisos que misturam as tradicionais linhas de baião com intrincadas escalas, ou mesmo caindo no blues no bom xote (pixote). Um belo disco, de presente da bruxinha do vinil para todos nós... posto-o aqui como uma homenagem àqueles anos. Por favor, não deixem de ouvir com carinho este belo trabalho do Pau Brasil!
1 Corta-capim (Nenê)
2 Contatos (Paulo Bellinati)
3 A dança do Saci-pererê (Nenê)
4 Cantilena (Roberto Sion)
5 Pixote (Rodolfo Stroeter)
6 Veranico de maio (Nelson Ayres - Nelson Ayres)
7 Flor do mato (Nelson Ayres - Nelson Ayres)

Gambale, Hamm e Smith

Trio que dispensa comentários. Currículo? Ora, a história de cada um deles se confunde com a própria evolução do Jazz Moderno. Gambale orindo das grandes investidas elétricas de Chick Corea, Steve Smith chegou a tocar com o Focus, além de Jorney, Steps Ahead e tantas outras.
Reúnem-se em novo trabalho e é o de costume: muito virtuosismo em composições sempre bem arranjadas. Muito bom de se ouvir.
Pass: mistical12x (e smepre visitem o Virtuosos Guitarristas (http://virtuososguitarristas.blogspot.com/) especialíssimo nessa nossa paixão: guitarras.

Kazumi Watanabe "

Trabalho excelente do guitarrista Kazumi Watanabe, aqui acompanhado dos ilustríssimos Bill Bruford e Jeff Berlin, uma das melhores cozinhas do Jazzrock.
Influências fortes de bruford no disco, contribuição do King Crimson, com os contrapontos e ritmos quebrados. Kazumi novamente se mostra o guitarrista competente, que pode passar por diversos estilos, o que é característico dessa geração de músicos japoneses, tão bons quanto os componentes eletrônicos que produz essa terra do sol nascente.
Tracks:
01-Melancho
02-Hyper K
03-City
04-Period
05-Unt
06-Na Starovia
07-Lim-Poo
08-J. F. K.
09-Rage In