sábado, 4 de agosto de 2007

Clube da esquina I



Disco antológico , talvez um dos mais importantes da história da MPB. Nele, não somente se consolida o trabalho de composição de Milton, mas revelam-se nomes que em pouco tempo fariam parte da vanguarda do que de melhor se produziria dali para frente: Lô Borges comparece como músico, cantor e compositor; Beto Guedes perfeito como instrumentista e intérprete; Toninho Horta e seu solo em "Trem Azul" escreveria o início de um grande capítulo na história da guitarra no Brasil. É injusto não lembrar aqui todos os nomes que participaram das gravações, em especial de Wagner Tiso, arranjador e tecladista cujo talento é reconhecido mundialmente, mas lembramos que a essência do que se chama o grupo mineiro se encontra neste grande álbum. O disco também se destaca pelas letras, quase um manifesto poético, no qual a metáfora se encaminha para a quase incomunicabilidade, criando imagens inusitadas e complexas, como em "trem de doido". As Célebres "Cais", "Tudo o que você podia ser", "San Vicente", "Um girasol da cor de seus cabelos" e outras fazem deste marco na história da música e coloca definitivamente Milton como um dos maiores compositores e intérpretes do mundo. Poderia ser um álbum definitivo se o próprio Milton não parasse de crescer em sua obra, com discos fantásticos (que certamente estarão aqui no blog), reconhecidos mundialmente. Salve Milton!

Um comentário:

João Gabriel disse...

Tenho esse disco em vinil e CD.

Passei só para falar a quem não conhece esse trabalho pare de fazer qualquer coisa e baixe agora. Disco antológico, como já dito. Top 10 da música brasileira sem dúvida nenhuma.

Depois comprem o original também. Discografia básica!