quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Beat, o segundo do par, 1982



A surpresa foi perceber que "discipline" não seria um filho único do novo King Crimsom. "Beat" chegou para nós como que de surpresa (levando-se em consideração que estávamos no Brasil, não havia Internet, as publicações parcas e quase sempre mistificadoras e a crítica musical da época estava"encantada" com bandas do tipo "The Jam", "Bauhaus", "Siuxie.."... "B-52" e "Talking Heads"... mas a surpresa foi de fato surpreendente: Beatnão superava o anterior, era como uma continuação, mais sólida e até mais pop: heartbeat" poderia tocar em qualquer casa noturna, "Neal, Jack and me" não dexava ninguém parado; o King Crimsom não estava somente vivo, estava de fato cumprindo ainda a sua missão: elevar o nível do rock; não era mais o som reflexivo e viajante, era algo que parecia vir das ruas, da loucura urbana, da vida neurótica dos grandes centros (ouvir Neurotika); a capa, a mais suave, por dentro, uma música violentamente lírica, rascante e selvagem, no clima complexo de um novo tempo que aparecia por entre as ruínas do punk e o cortejo de "velhos melotrons e cry babyes".

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